terça-feira, 29 de abril de 2008

(In)Actividade Física

Ossadas de uma bicicleta,
encontradas por mim perto da estrada romana de Ranhados.
Será uma metáfora da saúde portuguesa?

O caso português



Portugal é o país da União Europeia que tem os piores índices de actividade física quer espontânea, quer organizada, ou seja, somos o povo menos fisicamente activo da União Europeia. Isto quer dizer que, num país pobre como o nosso, continuamos a desperdiçar o baixo investimento nesta prática, a qual que dá grandes dividendos, não só de qualidade de vida como económicos, quer à escala individual, quer à escala dos vários sistemas de saúde, privados ou estatais, quer, em última análise, à escala do próprio país. Se toda a população fosse mais activa, e não estamos a falar de todos serem desportistas mas de pelo menos todos andarem 30 minutos por dia, os portugueses eram mais felizes, tinham melhor saúde, melhor qualidade de vida e mais prazer e o país poupava muitos milhões de contos em hospitalizações, comparticipações de medicamentos e outras despesas de saúde, etc., relacionados com as doenças devidas ao sedentarismo, recursos esses que poderiam ser canalizados para outras necessidades. Poupava-se também muito sofrimento, muita invalidez e muitas mortes. Reverter esta estado de coisas passa por macrointervenções político-sociais e económicos, quer ao nível do poder central como local, mas também ao nível das empresas, das escolas e por intervenções a nível das comunidades mais pequenas, sobretudo das famílias. Nestes planos será fundamental englobar a terceira idade pois os estudos científicos têm revelado que nunca é tarde demais para (re)começar a praticar e que em todas as idades há potencial biológico para ganhar com a sua prática.


In: http://cardiologia.browser.pt/PrimeiraPagina.aspx?ID_Conteudo=51

segunda-feira, 28 de abril de 2008

A (con)FUSÃO

Não quero entrar em politiquices. Nem das baratas nem das caras... Mas aqui pelas Beiras, sempre vamos observando (o mais possível de longe) a política da República. São tantos os ais do povo, o mesmo que, pelo menos às vezes, é cego!
Tenho evitado fazer comentários... «políticos», no sentido de lavagem de roupa suja nacional. Seria precisa muita lixívia... e a água fria da ribeira não tem culpa.
Mas achei interessante ouvir há dias alguém dizer que o PSD deveria era fundir-se com o PS (também poderia, claro, passar a ser um partido válido).
PSD, PS, ... a mesma m.... . Nem o cheiro engana.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Homenagem a Cervantes, um Homem de Abril



A liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem os tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a nossa vida.


Miguel de Cervantes

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Vaca ataca

O título até é ... poético. Mas imaginem que, numa destas aldeias da Beira Alta, ali para os lados do Sátão e Vila Nova de Paiva, uma vaca «desgovernada» avança pela estrada fora pela estrada que atravessa a povoação e esbarra contra um homem que, mesmo tentando desviá-la com uma sachola, é lançado para o chão e acaba com o fémur partido além de um grave ferimento na perna. Nunca se viu tal coisa por aquelas bandas. A pessoa em causa é o meu pai, já com 83 anos. A terra é Covelo. No hospital, o pessoal até achou piada. Diziam: o quê? Uma vaca atropelou-o?
Lida um homem a vida inteira com os animais domésticos, domestica-os de geração em geração, fá-los cúmplices da prodigiosa fecundidade da terra, e depois aos 83 anos levam-se unas cornadas e uns coices... Vá-se lá perceber o mundo...
Sinais dos tempos... Quantas vezes vivemos paredes-meias com o perigo ou com o insólito?