Bicicleta

Caros amigos, o assunto é sério. Já me chamaram «anormal» ou coisa parecida hoje...Hoje é Segunda-feira: vou para a escola às 08:30 da manhã (o que só me faz bem!) e, como deixo as milhas filhas no infantário e ATL, levo o carro. Certo? Claro que depois venho almoçar a casa de carro. Até aqui, tudo «normal» (até de mais).Mas hoje à tarde, quando regressei à escola, fui na minha velhinha bicicleta «Órbita». O tempo é de Inverno, mas a chuva só ameaçava (e eu levava uma capa).Mal chego, uma colega interpela-me: - Vieste de bicicleta!?? Tu estás doido, pá!E acrescentou, no à-vontade que tem comigo: - Mas tu és anormal! E eu, aí, disfarcei, e ri com ela...
Eu sei, eu sei. Sou mesmo anormal. Mas pronto, não era preciso dizê-lo... e depois só porque fui de bicicleta? Vá lá, sejam razoáveis...Ainda vai levar uns tempos até ver as pessoas «normais» a deixarem o carro na garagem. Por enquanto, está tudo bem, tudo «normal». É mais carro menos carro... e o "meu" não conta.Já ao entardecer, regressei a casa pelo parque do Fontelo, e, acreditem, foi mais uma momento de serenidade: poucas pessoas podem regressar a casa assim. Garanto-vos que não senti falta do carro.
Aquela colega não sabe o que perde. Nem imagina o que um betetista costuma fazer nas manhãs de Domingo, por montes e vales, com chuva ou com sol... Mas disso, já sei eu alguma coisa.
Montes Hermínios

Amizade

AMIZADE. Ainda bem que existem os amigos. Com quem, às vezes discretamente para não aborrecer, se pode contar para «desintristecer». Junte-se a natureza, os caminhos velhos e esquecidos, o ar fresco, algum projecto comum...